São Paulo, 12 de março de 2008 (quarta-feira) – 02:35
No meu jardim…
… Há uma flor de junho que orbita sob a constelação de câncer. Sua raiz habita o solo mais fértil da terra que ouso chamar de alma. Obrigo-me a confessar que este andou por certo tempo árido, até que umas ditas raízes aconchegaram-se por entre o calor de sua fecundidade oculta. Trato de dizer que ela nasceu em uma terra privilegiada, às margens do rio-mar, e se deixou colher suave por minhas mãos saudosas e trêmulas. E agora, em meu regaço de jardineiro devotado, a cada dia, vejo o desabrochar de cores novas, que vão trazendo alento e felicidade ao meu coração. Por gosto, procuro não apenas regá-la sempre, mas também buscar-lhe adubos em mimos de fazer florescer a mais sólida pedra. Peço aos deuses que suas pétalas e folhas e caule se revigorem de instante a instante. E que sua raiz esteja sempre firme no terreno fértil em que me foi permitido plantá-la.
Para Silvinha.
27/03/2008 – 09:09
:~
Se isso for realmente pra mim… bom, não sei como retribuir suas palavras… por isso chamo aqui, mais ou menos ‘roubadas’ e de memória, algumas palavras que atravessaram minha experiência certa vez e que não são de todo ‘minhas’, pois agora tuas as faço, se me permites: é a “excessiva juventude” – que ora se diz velha, ora áspera, estranha… tão caprichosa quanto pomposa-tradicional. Ela flui de modo amplo e cheio, com súbitos momentos de inexplicável hesitação, lacunas: um peso que leva ao sonho – quase um pesadelo…
É disso que ‘sofrem’ nossos olhos e ouvidos – quando são corajosos o suficiente para os mergulhos abissais naqueles rios onde as correntezas nos arrastam, mas cujas águas nunca são as mesmas…
Bjão p ti! Muito grata…
Silvia.
Acho que houve um mal-entendido aqui…
Pelo visto, houve mesmo. Bom, basta clicar no link que está na dedicatória para compreender tudo…
uhu que lindo!