Levanta-se
uma Serenidade em chão
e ela habita
o céu da boca
e Ela remove o limo
que nos cobre
as gargantas
Não se podem ouvir rumores
de vez que já foram esquecidos
e ergue-se a face
de queixo largo
e olhos límpidos
os espíritos errantes falaram
e beberam um pouco
Levanta-se
uma Serenidade em terra
e expira-se
a ira
de vozes em vão
e calam-se os ventos
mas veleja a brisa
Toma-se a mão
e verte-se a lágrima
calma
e branca
os tendões estão firmes
os pés estão firmes
levanta-se
uma Serenidade
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